Dois mil panetones. Esse foi o total de pães natalinos produzidos por reeducandos de duas unidades prisionais de Pernambuco, sob orientação da equipe de chefs do Instituto Cesar Santos. A ação foi possível graças a uma parceria com o Ceasa e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco. Os panetones foram doados para entidades beneficentes, além de compartilhados com os próprios reeducandos que participaram da produção.
“Foi uma semana intensa, de muito trabalho, mas de satisfação imensa. Poder estar junto desses reeducandos e ensinar um ofício, trocar experiência e mostrar que é possível ter uma nova vida é uma prova de que todo mundo tem uma segunda chance. Tenho certeza que foi um grande aprendizado para eles, mas para a gente que também estava lá, com a mão na massa, foi um momento de esperança, como agente de transformação”, revela o chef Rogério Ribeiro, que integra a equipe do Instituto.
Para o chef Cesar Santos, presidente do Instituto, a gastronomia vai além do preparo de alimentos, como muita gente pensa. “Trabalhar na cozinha é missão. Estamos lá para servir o outro e para isso é preciso ter vontade e amor. A gastronomia muda vidas. Mudou a minha e sei que pode mudar a de muita gente. Com essa ação, que aconteceu na unidade prisional masculina de Itaquitinga e na feminina de Abreu e Lima, percebemos o orgulho dos reeducandos e reeducandas em aprender a fazer o panetone, uma nova função que levarão para a vida. É uma chave que vira e permite ver o mundo de uma outra forma, um momento de transformação, assim como o Natal nos traz essa esperança”, reflete.
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