Ao longo de 56 anos, Carlos Ranulpho dedicou-se incansavelmente ao mercado das artes. Nascido em 28 de abril de 1929, em Recife, aos 15 anos interrompeu os estudos para ajudar sua família, inicialmente trabalhando como comerciante de joias por duas décadas. No entanto, seu verdadeiro legado começou em 1968, quando organizou uma exposição de pinturas em sua loja, marcando o início da Galeria Ranulpho, a primeira galeria profissional do Recife. O empreendimento, uma homenagem a seu pai, José Ranulpho, desenhista e caricaturista, teve sua sede inicial no bairro da Boa Vista, mudando de localização ao longo dos anos.
Como marchand, Carlos Ranulpho não apenas promoveu a cultura contemporânea de Pernambuco, mas também impulsionou o mercado local de arte, educando as pessoas sobre o investimento em obras de arte. Ele foi fundamental no apoio e no desenvolvimento das carreiras de diversos artistas, incluindo Lula Cardoso Ayres, João Câmara, Wellington Virgolino, Vicente do Rego Monteiro e Cícero Dias, entre outros.
O velório de Carlos Ranulpho teve início às 9h desta segunda-feira (15) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, seguido pelo enterro no mesmo local às 13h. Sua vida e contribuição para o mundo das artes foram imortalizadas no livro “O mercado de beleza”, escrito pelo jornalista Marcelo Pereira em 2018.